Tecnologia

Seis coisas bizarras que a tecnologia permitiu fazer na última década

Confira como a tecnologia evoluiu com o passar dos anos e revolucionou tanto as atividades mais simples quanto as mais complexas do dia a dia

A tecnologia não cansa de evoluir e surpreender com inovações. Coisas que não eram possíveis até bem pouco tempo, como falar com assistentes virtuais e receber recomendações personalizadas, se tornaram parte do nosso dia a dia. Há inovações ainda mais revolucionárias: se antes emitir moedas era uma capacidade exclusiva dos Bancos Centrais, hoje é possível produzir bitcoins de forma descentralizada.

E o que falar dos aplicativos de transporte? Simples e fáceis de usar, eles estão tão integrados ao cotidiano que esquecemos que houve uma época na qual, para pedir um táxi de casa, era preciso esperar pelo menos meia hora. Pensando em todas essas mudanças, o TechTudo preparou uma lista com seis coisas bizarras que a tecnologia permitiu fazer na última década.

  1. Falar com inteligências artificiais e receber respostas personalizadas
    “Alexa, toque a minha música favorita”, “Ok, Google, pedir pizza no iFood”, “Siri, vai chover hoje?” Falar com assistentes virtuais inteligentes e receber respostas personalizadas foi algo que a evolução da inteligência artificial tornou não só perfeitamente possível, mas também altamente comum em nosso dia a dia. Há, inclusive, assistentes virtuais projetadas para servir de companhia a pessoas solitárias.

Toda essa praticidade, no entanto, pode cobrar um preço bem alto: a privacidade do usuário. Em julho de 2019, foi descoberto que funcionários da Apple podiam ouvir conversas privadas entre os donos de aparelhos da marca e a Siri. A companhia confirmou que humanos têm, de fato, acesso a uma pequena quantidade de áudios da assistente virtual para ajudar a detectar falhas técnicas e aprimorar a tecnologia.

Mas não foi só a empresa da maçã que se envolveu em polêmicas. No mesmo ano, a Amazon admitiu que guarda transcrições de comandos ditados para a Alexa mesmo se o usuário decidir apagar as gravações de voz manualmente. De acordo com a gigante do e-commerce, esses dados são usados para que o Amazon Echo possa entender quando está sendo chamado pelo dono sem precisar fazer contato com os servidores.

2. Inserir o rosto de pessoas em vídeos

A tecnologia deepfake, que utiliza aprendizado de máquina e inteligência artificial (IA) para criar vídeos falsos, elevou a disseminação de conteúdos não-verídicos a um nível nunca antes visto. Com a técnica, é possível criar materiais muito convincentes em que a pessoa faz algo que nunca fez na vida real, sem precisar de conhecimentos avançados em edição.

Apontados como uma das maiores ameaças à segurança digital em 2020, os deepfakes podem ser produzidos por usuários comuns a partir de aplicativos intuitivos ou mesmo encomendados em sites que oferecem esse tipo de serviço. A aplicação mais recorrente da tecnologia é na produção de conteúdos pornográficos, que respondem por 96% dos vídeos com deepfake disponíveis na Internet. Atrizes famosas, como Gal Gadot e Emma Watson, estão entre as vítimas.

No entanto, engana-se quem pensa que os deepfakes só podem trazer impactos negativos. A expectativa é que, nos próximos anos, a tecnologia seja empregue para tratar doenças como depressão. Com o uso da imagem de outra pessoa, o paciente que se sente desconfortável em expor seu problema pode relatá-lo a um psicólogo ou psiquiatra sem precisar se identificar.

  1. Vivenciar experiências imersivas com realidade aumentada

É difícil que, em pleno 2020, você ainda não tenha vivenciado pelo menos uma experiência com realidade aumentada (AR). Quem não se lembra, por exemplo, da febre do jogo Pokémon GO? Bastava apontar o celular para o “mundo real” para o bichinho digital aparecer e a caça começar. Outro sucesso, desta vez mais recente, envolvendo a tecnologia foi o filtro de cachorro do Instagram. Muitos usaram o efeito, que adiciona um cachorro vira-lata caramelo em fotos e vídeos dos Stories, para pregar peças em amigos.

Além de proporcionar momentos de diversão, a realidade aumentada mostrou-se uma ferramenta estratégica para facilitar a vida de muita gente. Em 2019, o Google Maps ganhou o recurso Live View, que utiliza a tecnologia para ajudar os usuários que têm dificuldade em seguir o caminho traçado pelo aplicativo. A partir da imagem fornecida pela câmera do celular, o sistema faz leitura do ambiente e passa a mostrar gigantescas setas sobre o “mundo real”, indicando os pontos em que é preciso mudar de direção.

4. Monitorar parceiros e familiares com stalkerwares

Até bem pouco tempo, espionar detalhes da vida de alguém parecia coisa de detetive ou da polícia. Entretanto, com a evolução da tecnologia e a crescente adoção dos smartphones em tarefas do dia a dia, surgiram não só investigadores virtuais – os chamados stalkers –, como também ferramentas projetadas especialmente para vigiar a vida alheia. É o caso dos stalkerwares, programas capazes de monitorar as atividades realizadas no aparelho de uma vítima específica e repassá-las ao espião.

Instaladas sem o consentimento da vítima, essas aplicações são capazes de rastrear informações como localização do aparelho, histórico de navegação, mensagens SMS e conversas em redes sociais. Ainda que antiéticos, os stalkerwares não são de todo ilegais em alguns países e satisfazem a curiosidade por um preço relativamente baixo. Não é à toa que os adeptos desses apps espiões têm crescido ao redor do mundo. Um levantamento da Kaspersky mostra que, só nos primeiros oito meses de 2019, mais de 37 mil pessoas descobriram esse tipo de software em seus celulares.

5. Produzir moedas virtuais sem precisar de bancos

Real, dólar, euro, libra, peso e… bitcoin! Criada em 2009, a moeda virtual tem ganhado cada vez mais destaque na web e no mercado financeiro. Embora seu funcionamento ainda confunda algumas pessoas, não há dúvida de que os bitcoins revolucionaram a forma de produzir e lidar com dinheiro. Isso porque, além de permitir o envio e recebimento de qualquer quantia sem cobrança de taxas e em pouco tempo, a emissão da moeda não é controlada por um Banco Central. Ela é produzida de forma descentralizada, em um processo conhecido como “mineração”.

Em vez de máquinas que fundem e laminam metal, computadores especializados rodam um software que executa milhões de cálculos matemáticos criptografados a fim de criar a moeda. Cada vez que o processo de mineração torna-se mais complexo, o valor de compra e venda do bitcoin aumenta. A estimativa é que hoje em dia haja mais de 16 milhões de bitcoins em circulação.

  1. Pedir carros via aplicativo

“Nunca entre em carros de estranhos.” É muito provável que você tenha ouvido essa frase dos seus pais quando você era criança. Hoje em dia, no entanto, as pessoas andam de carro com estranhos o tempo todo. A diferença é que elas recorrem a aplicativos de transporte para combinar os detalhes da corrida com um desconhecido específico. Essa possibilidade do mundo contemporâneo – antes remota e considerada insegura – facilitou a vida de muita gente.

Chamar um táxi no início dos anos 2000 não era das tarefas mais simples. Era preciso ter o número telefônico do ponto mais próximo e esperar alguém atender. Dependendo da localidade, isso significava uma espera em torno de 40 minutos a 1 hora. Na rua, o cenário poderia ser ainda mais complicado, com alta demanda de interessados. Já atualmente, com serviços como Uber e 99, é possível pedir carros com motoristas que estão próximos da localização do usuário e conseguem chegar em menos de cinco minutos.

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